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sábado, 24 de março de 2018

Sou feliz a fazer o que faço.

Aos meus mais antigos seguidores, mil perdões! A esta hora devem questionar-se do porquê de tal pedido, e esse deve-se à inocência espelhada no meu último post antes desta"curta" pausa. Alguma vez esta alminha conseguiria aguentar a intrujice de um call center? Calma, não me interpretem mal, a verdade é que eu admiro quem faz este tipo de trabalho, eu é que não consigo. Não tenho perfil. Quer dizer, foi-me dito na primeira semana de que era uma jovem com potencial! Na segunda semana, despedi-me. Mas alego em minha defesa que fui enganada (o que nos dias de hoje até é bastante frequente)! Deram-me uma formação de vendas de um seguro de saúde dentária. Quando fui para a linha, tive que vender um seguro de vida, em que se se morresse ÚNICA E SOMENTE num acidente em transporte público, os herdeiros tinham direito a uma indemnização. COMO ERA POSSÍVEL? Espero que compreendam, não foi falta de esforço, acreditem!

Após esta mini-aventura, seguiu-se duas papelarias, uma loja de iluminação, uma loja de faturação de gás e electricidade... trabalhos a contratos temporários, a recibos-verdes, precários, que duraram o máximo de um ano. Tenho sido uma pulguita, a saltitar de trabalhinho em trabalhinho, fugindo às manhas de patrões que querem que demos 120% de nós a pagar-nos o ordenado mínimo. Infelizmente esta é a dura realidade dos jovens do nosso país que procuram alguma estabilidade e não conseguem. Tanto que não me falta muito para os 40 e ainda hei-de estar na casinha dos pais (estou a brincar, claro que estou mais perto dos 30 :3). Vêem no que me tornei? Uma maria-frustrada, cheia de sonhos que nunca passarão disso: meros sonhos...

E isto são os pensamentos de mil como eu, que caminham para depressões, muitas vezes sem retorno. Eu, felizmente, consegui trepar o poço do isolamento e encontrar um rumo. Tentei manter pensamento positivo, pensar no amanhã, ser ambiciosa mantendo os meus valores.
Hoje? Hoje tenho um emprego humilde numa loja de roupa em ambiente de centro-comercial, a part-time de 5 horas bem remuneradas, com horário fixo, tudo certinho. Chamo-lhe emprego porque o é, e é o que melhores condições laborais proporciona aos seus funcionários, a meu ver. Mas atenção, também tenho dias maus. Atendimento ao público tem muito que se lhe diga!

Planos futuros assentam entre o conjugar com outro emprego e tirar outra formação (algo técnico e prático). Como vêem, ainda sou uma rapariga com dificuldade a tomar decisões!
Resumindo: se há coisa que aprendi com o tempo é que não existem empregos perfeitos. Mas posso dizer que, de momento, sou feliz a fazer o que faço.

Até à próxima,
Jei~

3 comentários:

  1. Como te percebo, e atendimento ao público devia ser um trabalho pelo qual todos deviam passar, pode ser que ganhassem respeito pelas pessoas --

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  2. Fico muito muito contente por ti! É assim mesmo! Está tão dificil que eu nem penso em sair de onde estou apesar de tantas tretas que existem ;__; Beijoca <3

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  3. Ora, um post daqueles que nos acertam em cheio :)
    Estar desempregada hoje em dia é um desespero. Ninguém quer aceitar jovens sem experiência e, consequentemente, nunca a chegamos a ganhar. Depois ainda há os outros, os que aceitam e te deixam mesmo feliz e surpreendida com o gesto... até que percebes que se estão a aproveitar dessa mesma inexperiência :)

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Obrigada pela tua opinião, Cutie! (^ _ ^)/~~